O consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis fechou 2016 com aumento de 15,6% nas vendas de novas cotas, comparado a 2015. Após anos sofrendo quedas constantes nas adesões, esse segmento reverteu a tendência em meio à crise.
Tendo seu auge na década de 80 com a instalação da indústria de eletrônicos no país, o consórcio de eletroeletrônicos perdeu boa parte do seu alcance devido à facilidade de pagamento e à queda dos preços desses produtos, que permitiram ao consumidor muito mais acesso a esses bens. Porém, com a crise pesando no bolso em 2016, o brasileiro viu no consórcio uma alternativa para continuar comprando. Em 2016, foram vendidas ao todo 15,08 mil cotas, contra 13,05 em 2015.
Com o aumento nas vendas, esse segmento registrou alta de 7,9% no total de créditos comercializados, que ficou em R$ 69,41 milhões em 2016. O tíquete médio no ano passado foi de R$ 4,6 mil, montante 6,7% menor que os R$ 4,9 mil de 2015.
Os três estados que registraram maior número de adesões ao consórcio de eletroeletrônicos foi Rio Grande do Sul, com 3.772 novos consorciados (queda de 14% em relação a 2015), São Paulo, com 3.274 cotas vendidas (crescimento de 24,3% em relação ao ano anterior) e Santa Catarina, com 1.914 adesões. Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina também lideraram em número de participantes ativos: 8.913, 4.571 e 4.189, respectivamente.
Contemplações
O consórcio aquece o mercado ao disponibilizar créditos aos consorciados para a compra de produtos. Em 2016, ao todo 7,86 mil consorciados tiveram a oportunidade de adquirir bens, embora 10,9% a menos que no ano anterior, quando foram 8,81 mil. A queda nas contemplações refletiu em baixa de 10,8% no total de créditos concedidos, que mesmo assim chegaram a R$ 41,98 milhões.
Além de 40,5% dos consorciados desse segmento terem adquirido eletrodomésticos e 25,4%, eletroeletrônicos, conforme identificou pesquisa da ABAC realizada em junho de 2016, outros 34,1% adquiriram móveis. Para saber mais sobre o levantamento, clique aqui.
O Blog da ABAC publicou uma série de posts com os resultados positivos do Sistema de Consórcios em 2016. Leia também:
Consórcio amplia participação no financiamento imobiliário
Consórcio de veículos leves cresce em meio à crise
2016, o ano do consórcio de serviços
Vendas de consórcios crescem quase 25% no 2º semestres de 2016
Gostaria de saber se existe a possibilidade da compra de ferramentas elétricas para essa modalidade?
Como transformadores, politriz, lixadeiras, ambas elétricas e usadas em mecânica automotiva.
Olá, Fernando.
Sim, existe a possibilidade da compra desses bens pelo sistema de consórcios. O plano de consórcio será referenciado em bem móvel, categoria “qualquer bem móvel ou conjunto de bens móveis”.
Abraços